blogue editado

blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

31 de julho de 2016

Aprendemos ao longo da vida

Aprendemos ao longo da vida?! De facto este título pode ser uma afirmação ou uma questão: por um lado, todos temos a capacidade para podermos aprender à medida que o tempo passa e, por outro lado, nem toda a gente o faz.

Acontece que, dentro daqueles que não assimilam as vivências por que vão passando, há os que as ignoram inconscientemente e os que deliberadamente as renegam. Ora, o que fará com que alguém decida negar as evidências, apesar de as constatar? Provavelmente pela ilusão e auto-convencimento de que as suas verdades são absolutas… ou pela incapacidade de lidar com a evolução dos tempos. Os primeiros provavelmente irão chocar contra a realidade, desamparando-os; os segundos têm sempre a hipótese de procurar um caminho que os auxilie no processo de adaptação, caso seja essa a vontade.

Aqui chegados, deparamo-nos com a chave para qualquer evolução: a vontade! Esta exprime-se pelo interesse na aprendizagem e procura do conhecimento, para aplicá-lo de modo útil.

Aprender ao longo da vida é aprender com a vida. Não é necessariamente ou apenas a aprendizagem técnica de algo, mas também e sobretudo nas relações com os outros ou no apoio às nossas tomadas de decisão. Para tal não podemos assumir que aquilo que sabemos é suficiente, que se aplicarmos hoje o que resultou no passado iremos ter os mesmos resultados satisfatórios, que as coisas vão dar certo de acordo com a nossa perspetiva e vontade.

Profissionalmente falando, os resultados futuros serão dependentes das ações de hoje. Se a vontade é ver o negócio a desenvolver-se, teremos que nos preparar para a posição que queremos assumir para que os resultados sejam alcançáveis (numa organização, cada uma deve desempenhar o seu papel), munirmo-nos dos apoios necessários e permitirmos o crescimento de quem “viaja” connosco. Só assim podemos evoluir e contribuir para a evolução da nossa organização.

É um lugar comum dizer-se que ‘parar é morrer’, mas esta expressão resume bem a mensagem que pretendo transmitir e, se estivermos despertos para o mundo, para a realidade que está para vir, vamos seguramente que esta irá ser mais bela do que aquela que nos apanha de surpresa...

Luís Luz

17 de julho de 2016

Euro 2016 - A vitória da liderança

Euro 2016. Portugal ganhou.

O futebol foi mal jogado, o treinador não é grande coisa, existiram jogadores que não deviam ter sido titulares, empatamos muito, deveríamos ter ganho o grupo inicial, etc, etc...

Muita crítica, muita crítica, muita crítica.

Há uma coisa que ninguém pode criticar – a liderança instalada no seio da seleção.

Aí é que a malta cá de fora não vê. A liderança não se vê, só se sente. Sentem as equipas e apenas se vê no resultado final.

Sentem as equipas de jogadores, equipa técnica e todo o staff que envolve a seleção. É preciso liderar todas estas frentes.

Isto não é só escolher onze, preparar algumas substituições e dizer qual a tática. É mais, muito mais e, acredito eu, que está cheio de pormenores e detalhes que se soubéssemos, nem imaginaríamos como é possível que alguém chegue a ter tudo sob controlo.

Mas nós, ilustres entendidos de bancada, só pensamos em como a bola é mal chutada.

O treinador Fernando Santos tinha um objetivo – levar Portugal à Final.
Primeira coisa certa em liderança é ter um objetivo claro e assumi-lo.

O treinador Fernando Santos tinha muito poder – delegou.
Segunda coisa certa em liderança – partilhar o poder e isso foi muito evidente com o Ronaldo. Foram dois.

O treinador Fernando Santos tinha muita personalidade – mostrou que a tem.
Terceira coisa certa em liderança – nunca se desviar do seu estilo, dos seus valores e crenças.

A vida é muito difícil e não é só no futebol. Já sabemos que quando nos levantamos para mais um dia, é quase certo que vai ser duro. A vida não é fácil.

Então, e porque todos podem liderar o seu dia-a-dia no sentido de o tornar um sucesso, mais fácil até, sugiro que tomem por base estes três pilares de ação, inspirados no Grande Líder que foi Fernando Santos durante o Euro 2016:

  1. Decidir o que se quer do dia para não nos “desviarmos” do foco. Saber para onde ir.
  2. Escolher em quem nos apoiamos para o tornar mais fácil. Saber com quem contamos.
  3. Ser fiel aos seu “jeito de ser”. Saber quem somos.


Felicidades.

José Miguel MM

11 de julho de 2016

Arquivo vivo | Javier Teniente

Atitude é o atributo provavelmente mais debatido nas últimas 24 horas, dado ter sido o fator que mais contribuiu nos últimos meses para o desfecho da seleção nacional se ter consagrado campeã europeia.

Mas também foi bem notório que esta atitude não adveio apenas do "líder hierárquico", mas individualmente da parte de vários elementos da equipa e coletivamente alinhados como um todo.

Segundo Javier Teniente, atual Diretor Executivo do Grupo BA Vidro, «sí se pude ser un líder e influir enormemente en un grupo u organización sin tener relación jerárquica con sus miembros.

Pienso que, cuando se consiguen, estas formas de liderazgo son las más potentes que existen, ya que surgen de forma natural, de los comportamientos diarios, no definidas de forma obligatoria por un organigrama.

(...)

Los valores y la cultura de una organización puede multiplicar exponencialmente nuestra contribución al grupo al que pertenecemos y, aunque pueda parecer contradictorio, puede simplificar enormemente la gestión de nuestras prioridades y conflictos, los procesos de toma de decisión, la comunicación, etc.»

Vale a pena (re)ler o texto original: clique aqui.

Luís Luz