blogue editado

blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

28 de junho de 2015

Pensar em grande

Há dias li uma entrevista num jornal económico em que Bradley Sugars - empresário australiano de sucesso, com negócios presentes em Portugal - dizia que «os portugueses são muito bons empreendedores, mas não pensam grande o suficiente».

De facto, são por demais evidentes as nossas capacidades potenciais, contudo não as aplicamos na sua plenitude, mas tão somente na medida em nos sentimos satisfeitos com os resultados alcançados. É típico ouvirmos desabafos como «estamos tão bem assim, porque nos devemos preocupar em querer mais?» Não discuto a questão ao nível pessoal, pois cada um terá o seu modelo de felicidade. Mas, empresarialmente, o caso muda de figura: o mundo dos negócios evolui a uma velocidade estonteante e a nível global, pelo que um modelo de sucesso é-o sempre a prazo. Nuns negócios este prazo poderá ser mais longo, noutros mais curtos, mas se não imprimirmos uma cultura de evolução/inovação e crescimento, um dia vamos ficar para trás…. quiçá de forma irrecuperável.

A prova de que o empresário australiano está absolutamente certo verificou-se no decurso da crise da última meia dúzia de anos, em que muitos empresários reinventaram os seus negócios, empreenderam fora de portas com relativo sucesso. Fizeram-no já numa fase em que os recursos se estavam a desmoronar… Como teria sido caso tivessem pensado em grande antes deste período turbulento, tendo conquistado novos mercados com recursos competentes e “musculados”?

O entrevistador começou por observar que o empresário «costuma dizer “learn before you earn” (“aprenda antes de ganhar”) – parece um conceito tão simples, no entanto, a maioria das pessoas quer ir logo para a parte do “ganhar”»… So true!

Não inverta a ordem natural das coisas e pense em grande: cuide primeiro do seu negócio, que ele depois cuidará de si!


Luís Luz

14 de junho de 2015

Arquivo vivo | Liderança sem diploma, o blogue

Porque há textos que merecem ser (re)lidos, porque há reflexões que são perfeitamente atuais e oportunas, criamos neste blog a secção «Arquivo vivo». Por oposição ao popular "arquivo morto", aqui são repescados os assuntos que continuam «vivinhos da Silva».

Para esta primeira recordação, nada como recuperar o primeiro de todos os textos, no qual é explicado o porquê da existência deste blog, intitulado Liderança Sem Diploma...

«Liderar sem diploma que é o mesmo que dizer, liderar sem uma equipa, sem um cargo específico.
Liderar não é uma questão física, isto é, não pressupõe forçosamente uma acção sobre pessoas, com uma equipa.
Pelo menos eu entendo que se pode e deve ir mais longe. Qualquer pessoa, desde que tome essa decisão, pode liderar. Desde que tome a decisão de ser uma referência, no seu comportamento e na sua atitude, diariamente no contacto com os outros.
Aliás, era isso que nos era incutido pelos nossos pais e professores desde os tempos da primária. Sermos exemplares no que fazemos, seja de importância capital seja de mero relacionamento.
Se estamos numa organização, podemos influenciar os colegas em melhorias de comportamento e decisão. Se estamos em ambientes informais, os que se cruzam connosco podem sentir a força da nossa atitude.
A vida que cada um tem é um poder atribuído desde cedo e que merece a melhor das lideranças. Liderar a construção do percurso da nossa vida é aceitar a responsabilidade de exercer o poder. O poder de sermos nós mesmos.
E nós mesmos como? Como boas pessoas e bons profissionais.»

Vale a pena (re)ler o texto original: clique aqui.

Luís Luz