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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

12 de março de 2011

Joaquim Romão - Ser verdadeiro


Ser verdadeiro vai muito para além de falar sempre com verdade.
Quando temos fortes convicções, estamos motivados e acreditamos e entendemos a nossa missão, então todas a nossas acções são um manifesto de verdade. Sobretudo quando somos verdadeiros para connosco, pois isso gera um sentimento muito poderoso, que nos capacita para qualquer tarefa em qualquer situação. Pessoal ou profissional.

Vou recorrer “à originalidade” da figura futebolística para enquadrar esta ideia. Os dois jogos entre o SLB e o SCP, em tudo diferentes, são o melhor exemplo.

No primeiro jogo vimos uma equipa que acreditava que venceria, com os jogadores a entrar em campo super motivados e com a lição bem estudada. Obviamente o SLB.

Do outro lado um cenário completamente antagónico. O SCP já entrou derrotado. Aqueles profissionais não estavam a ser verdadeiros, mentiram quanto às suas convicções e motivações para o jogo. Diziam que queriam ganhar mas, no íntimo, só pensavam na derrota. Queriam mostrar que eram capazes de fazer melhor que nos jogos anteriores, mas despenhavam o seu papel dentro de campo completamente desmotivados.

No segundo jogo tudo foi diferente. A equipa do SCP mostrou uma maior sinceridade e jogou ao nível do que realmente acreditava. O que transmitia para fora do campo era verdadeiro, genuíno.
O mais importante de tudo foi ver aqueles profissionais, os mesmos do jogo anterior, com dedicação e entrega a uma causa que entendiam como deles, muito para além do clube que representam ou dos adeptos que os apoiavam. Estavam a ser verdadeiros.

Do lado do SLB nada de novo, a mesma postura talvez com um pouco de excesso de confiança, sempre controlados.
O resultado, no segundo jogo, foi a vitória do SLB mas poderia ser o oposto. Todos os intervenientes ambicionavam o mesmo objectivo e com a convicção de que se poderiam superar a eles mesmos para o alcançar. Muito bonito de ver.

Na vida das empresas não é diferente. As nossas acções só podem resultar em algo útil para a organização se acreditarmos no que estamos a fazer. Não podemos mentir a nós próprios e executar o nosso trabalho sem motivação, sem a convicção de que podemos fazer a diferença, que “apenas estamos no jogo” para cumprir calendário.

Sem serem verdadeiros, os profissionais trilham um percurso de longa agonia que só os poderá conduzir à morte dentro das organizações. A cura? Simplesmente acreditar nas nossas acções e sermos sempre verdadeiros para connosco.
 
Nota: que me perdoe o JMM do exemplo do SCP. Este blogue não é verde só por acaso.
Joaquim Romão

1 comentário:

Anónimo disse...

Descobri hoje este blog... Começo por felicitar o "pai" pela ideia.
Depois,fantástico texto Romão. Desde a oportunidade do exemplo, à linguagem simples, e à mensagem que transmite. Oportunidade do texto, pois o exemplo dos dois jogos e a postura dos intervenientes é ou foi como a retratas no texto. À linguagem simples, pois lendo o mesmo, rapidamente se "absorve" a mensagem que queres transmitir. E falando da mensagem nada mais real e verdadeiro. Pois se formos verdadeiros nas nossas convicções, seremos poderosos e transmitiremos confiança aos que nos rodeiam, alavancando um sentimento comum, que certamente nos levará ao sucesso, mas mesmo que isso não aconteça, ao sentimento que estivemos no nosso melhor: VERDADEIROS. Para terminar, gostei igualmente da nota (desculpa JMM). Um Abraço. (Nelson)