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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

20 de fevereiro de 2011

Agarrar o caos


Entremos na realidade de uma empresa. Todos os gestores querem ser bem sucedidos, obter a confiança dos accionistas e com tudo isso melhorar os seus rendimentos. Normal.
Acontece que, muitas vezes são desafiados para estar à frente de negócios ou empresas com dificuldades. Como se costuma dizer, "ninguém dá nada a ninguém" logo, os gestores serão bem remunerados se aceitarem desafios complicados.
Estes desafios, complicados, podem ser numa (ou várias) das seguintes áreas:
-por problemas financeiros (capital ou financiamento)
-problemas operacionais (capacidade, custos ou pessoas)
-problemas de mercado (qualidade ou sem clientes)

Então como é que um gestor pode assumir estes desafios, continuar a dormir normalmente, sabendo que o dia seguinte será de novo difícil?
Eu tenho o meu esquema e como todos os esquemas, para serem válidos necessitam que se acredite nele e se pratique muito. O meu esquema tem 5 pilares que aqui partilho:

1.No mesmo momento em que se aceita o desafio tem que se sentir que se está preparado. Esta preparação tem a ver com muito optimismo e altos níveis de persistência. Quero dizer que, vamos encontrar tantos problemas que não é necessário "sofrer por conta" e como tal, aceitar as coisas com um espírito positivo. Paremos de sofrer com o futuro e focar no presente. A persistência é importantíssima porque as coisas não serão resolvidas em dias, nem semanas e muitas vezes são necessários vários meses. Daí que, controlar a própria expectativa individual é fundamental para poder gerir a expectativa da organização e accionistas.

2.Ouvir muito e falar pouco. Não é por uma questão de cortesia ou simpatia mas, se não ouvirmos como vamos obter mais conhecimento. Ou sabemos tudo ou estamos convencidos disso. Normalmente o tempo decifra este enigma. Falar pouco para que o tempo seja aproveitado a ouvir. Ouvir as pessoas com a intenção de perceber:   -como a empresa chegou a esta realidade;   -como pensa que a empresa pode evoluir;   -como pode ela, colaborador, contribuir para essa evolução.

3.Ponderar e definir quem são as pessoas em que vai apostar nos diferentes níveis. Nem todos têm as mesmas capacidades, níveis de envolvimento e lealdade. É a tarefa mais complexa pela delicadeza que obriga mas, sem este passo é impossível chegar aos dois seguintes. É aqui que muitas vezes o gestor tem a tentação de recorrer a pessoas que conhece do passado e a convidar para o acompanhar neste novo desafio. Atenção a este ponto porque o "tiro tem de ser certeiro". Primeiro tentar "com a prata da casa".

4.Elaborar um Plano de Acção para levar a empresa a bom porto. Muitas vezes para realizar este plano é necessário a ajuda "pontual" de uma empresa externa. Este plano de acção dever ter contemplado o que se deve fazer, em que timmimg e quem serão os recursos envolvidos.

5.Comunicar a toda a organização as intenções da gestão, divulgando o plano de acção e sistematicamente reforçar a comunicação. Não é suficiente comunicar uma vez. É extremamente necessário que o gestor se aproxime dos colaboradores e que, com eles, discuta a evolução que se está a conseguir. Muitas vezes as pessoas precisam de falar para se aperceberem que a evolução existe mas, também os gestores precisam de ouvir para "controlar a direcção e velocidade".

Por isso receito: optimismo+persistência+determinação+comunicação.
José Marques Mendes

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