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blogue editado por José Marques Mendes e Luís Luz

3 de fevereiro de 2011

Ai a minha vida...stressante

Porquê que eu decido ir de organização em organização?
A vida é uma estrada. Para mim, uma estrada à moda antiga e com muitas curvas. Há quem já se tenha adaptado às auto-estradas mas eu ainda vou, muito, pelas estradas antigas.
Gosto de conduzir. Quem vai pelas auto-estradas vai a mais velocidade, mais tranquilo e mais seguro mas com menos acção. Eu gosto muito da acção, na estrada e fora dela. Gosto de fazer o meu percurso profissional com a dinâmica das curvas.
Se repararmos, as estradas antigas com mais curvas são mais lentas mas também mais próximas das localidades. Passam por elas. Vêm-se mais pessoas, mais casas, mais vida. É por isso que eu tenho que ir por essas realidades todas. Para descobrir mais pessoas. Eu tenho de fazer mais coisas, por outras pessoas mais. Sei que o faço por mim porque gosto mas, se pelo caminho eu fizer bem a outras pessoas, realizo-me.
Há muitas pessoas que ajudam os outros com esmolas, há quem ajude nas organizações de voluntariado, há quem ajude com donativos e eu, ajudo pela via da minha função. Eu, sendo gestor e construtor de equipas e organizações, procuro ajudar os que se cruzam comigo. É a minha maneira de ser, servindo os accionistas e clientes, servir também as pessoas. As pessoas para mim não são recursos. São também um fim em si mesmo.
Ir pela auto-estrada é ir a pensar no destino. Ir pela estrada mais sinuosa é ir a pensar no caminho.
Vale a pena… pensar nisto.
Aliás, nos dias que correm todos nós já começamos a assimilar com bastante naturalidade que não existem empregos para toda a vida. Esta parece ser a grande ameaça das vidas profissionais e até das pessoais. As pessoas tendem a sentir-se inseguras porque a cada momento podem perder a estabilidade do emprego que têm.
Ora bem, tome-se em conta dois pensamentos:
1. para cada ameaça existe uma oportunidade. Sendo a ameaça o facto de uma pessoa já não ter emprego para toda a vida e pode ser forçada a mudar, a oportunidade é estar preparado. As pessoas devem estar sempre preparadas para mudar e essa preparação vem de muita formação e muita atenção ao que nos rodeia. Outras empresas e outras funções. Quero dizer, não se acomodem na função, quer em conhecimento quer em informação.
2. as mudanças existem e temos que viver com elas. As pessoas, normalmente, não querem as mudanças porque trazem incerteza mas, não há volta a dar. Tem de ser. Para gerir bem as mudanças eventuais, o que aconselho para que não se stress é posicionar-se bem. Posicionar-se é assumir um de dois papéis: ou no comando ou ir a reboque. Proponho seriamente que se opte por ir sempre na linha da frente. Se há que mudar então que seja com um contributo activo. Que sejamos nós a influenciar a mudança. Não deixar que os outros as provoquem e nos condicionem. Ir a reboque é estar sujeito ao que os outros fazem. É muito mais incerto e...a incerteza stressa.
José Marques Mendes

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